Atire a primeira pedra quem não pensou no ChatGPT para produzir conteúdo. Em B2B, principalmente, o conteúdo orgânico oferece retorno comprovado sobre o investimento e, por isso, é natural querer uma solução simples e econômica para distribuir conteúdo rapidamente.

Mas as ferramentas de marketing de conteúdo de IA realmente podem ajudar a sua empresa a ranquear melhor? Será que em breve os copywriters serão substituídos por robôs?

O que é marketing de conteúdo de IA?

O marketing de conteúdo de IA é exatamente o que parece. Marketing de conteúdo que usa inteligência artificial (IA).

Há uma variedade de ferramentas no mercado, mas algumas das que mais prometem – e talvez também sejam as mais problemáticas – são as ferramentas de escrita robótica. Essas são ferramentas que os profissionais de marketing podem usar para gerar postagens de blog, press releases, conteúdos para sites, mídia social ou até mesmo scripts de vídeo.

Muitas IAs para redação usam o GPT-3, um gerador de linguagem criado pela Open AI. O GPT-3 é um modelo de linguagem complexo que pode gerar conteúdo semelhante ao humano a partir de apenas algumas palavras. Teoricamente, essas ferramentas podem criar conteúdo rapidamente, e por uma fração do custo de um redator.

Conteúdo de IA vai funcionar para SEO?

Qualquer pessoa que tenha ido experimentar o ChatGPGT, por exemplo, percebeu que o conteúdo gerado pela máquina é bom – pero no mucho. É superficial, repetitivo às vezes. Em B2B, a superficialidade desse conteúdo pode realmente ser um problema.

Para responder à pergunta: a IA vai funcionar para o conteúdo de SEO? Bem, talvez. Para ajudar no brainstorming, dar ideias de títulos, pequenos copys – até é possível. Mas a IA não pode dominar o seu conteúdo do início ao fim – até mesmo porque não podemos esquecer que o Google quer conteúdo rico, e feito por humanos. Conteúdo de máquina é facilmente identificável. E, definitivamente, a Inteligência Artificial não vai substituir a criatividade humana tão cedo.

Para dar um exemplo mais claro – produzimos dois textos: um produzido por humanos, e outro, pelo ChatGPT. Usamos um blog já existente, no caso do texto produzido por humanos, e pedimos à máquina para produzir o conteúdo com o mesmo tema.

É possível ver claramente diferenças que a máquina ainda não consegue fazer com maestria: a localização das informações para o contexto brasileiro, por exemplo, ou informações de mercado que são apreendidas pelas experiência. O texto da máquina, em compensação, é mais repetitivo, generalista – diríamos até que a leitura não chega a ser tão fluida. Mas o que torna a nossa escrita humana e a da IA não?

Voz e tom são importantes

Ao ler isso, pense em como isso pode soar. As pausas. A cadência. O tom.

A IA não compreendeu as nuances da linguagem humana. Os textos são construídos com grandes conjuntos de dados e, embora a máquina possa detectar padrões com o uso de PNL (Processamento de Linguagem Natural) não sente nada. Isso é super importante quando você quer um conteúdo que envolva os leitores.

Qualquer pessoa, homem ou robô, pode lançar um conteúdo informativo que satisfaça o mínimo absoluto que o Google deseja. E sabe de uma coisa? Pode até levá-lo à primeira página se não for sinalizado como spam.

Mas o que transforma os conteúdos em peças realmente relevantes são justamente a “humanidade intrínseca” neles: o tom de voz que, nos textos da IA não existe.

O conteúdo de IA é limitado a fragmentos

As ferramentas de redação de conteúdo de IA criam conteúdo coletando postagens relevantes da Web e, em seguida, juntando-as para que sejam vagamente legíveis.

Isso significa que qualquer conteúdo criado pela IA já existe. Muitas vezes, como no exemplo acima, o texto não é fluido. Pior ainda, não há garantia de que seja original – o que é um problema.

A IA regurgita o que já existe, então, quando o Google vê mais do mesmo, por que o amálgama de vários pedaços de texto teria melhor classificação que os originais?

Para gerar resultados significativos, você precisa criar tráfego significativo. E isso vem do pensamento fora da caixa. Infelizmente, o conteúdo de IA está muito dentro da caixa. E embora a IA extraia conteúdo de todos os lugares, ela não pode competir com o conteúdo criado a partir de pesquisas em vários meios.

O Google é inteligente

E a IA dele provavelmente é melhor do que a que você usa. A IA do Google pode dizer se o seu conteúdo foi escrito por um humano ou um robô. E adivinha? O Google não é fã de conteúdo robótico. Na verdade, o robô do Google vê o conteúdo gerado por IA como spam, o que vai contra suas diretrizes.

Mesmo que seja bom, o conteúdo gerado por IA não vai passar no teste de detecção de IA. O Google quer conteúdo que envolva os usuários e agregue valor. O conteúdo gerado por IA só pode juntar as peças do que já existe.

As ferramentas de conteúdo de IA podem ser úteis para identificar tendências ou tópicos que você deve abordar, mas não substituem pesquisas e análises de qualidade apoiadas por dados. A IA não vai criar um artigo digno de prêmios – as máquinas (ainda) não podem pensar como humanos.

Quantidade nem sempre é uma coisa boa

As ferramentas de marketing de conteúdo de IA podem ajudar a criar um volume enorme de conteúdo rapidamente. E esse conteúdo até pode gerar algum resultados decente em curto prazo – principalmente para termos de pesquisa mais comuns.

Mas isso não é necessariamente uma coisa boa. Na verdade, o alto volume de publicação pode até prejudicar seu tráfego a longo prazo. Por quê? A resposta é porque esse conteúdo não vai envolver o seu leitor de maneira apropriada – sua taxa de bounce vai ser maior, seus visitantes vão sair mais rápido – mostrando ao Google que seu conteúdo não agrada – o que fatalmente vai levar a problemas de indexação.

Mas afinal, a IA vai servir para conteúdo?

Nem tudo está perdido: a IA serve para algumas coisas quando precisamos de conteúdo. Ferramentas de IA podem, por exemplo, pesquisar tópicos e conteúdos em potencial para preencher uma estratégia de conteúdo. A IA também pode ser uma boa aliada para corrigir gramática e sintaxe textual. Você também pode usar a IA para ter ideias e estruturar tópicos princpais de um conteúdo.

De qualquer forma, não use a IA para substituir totalmente o trabalho criativo. A IA pode fornecer insights e ajudar a orientar sua criação de conteúdo na direção certa, mas a IA não pode substituir a criatividade ou as habilidades de contar histórias.  Não esqueça que a IA tem limitações. A máquina não é perfeita e é importante lembrar disso e ajustar adequadamente ao criar conteúdo com ferramentas de conteúdo de IA. 

 

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